A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro encaminhou mais de 300 mensagens e vídeos via WhatsApp a apoiadores, mesmo proibido pelo Supremo Tribunal Federal de usar redes sociais, diretamente ou por meio de terceiros.
A informação foi revelada no relatório da PF, divulgado nessa quarta-feira, que indiciou o ex-presidente e o deputado Eduardo Bolsonaro, no caso das sanções dos Estados Unidos. Durante as investigações, o celular de Bolsonaro foi apreendido pelos agentes.
Modus operandi das milícias digitais
Segundo a PF, a investigação detalhou o compartilhamento e a dinâmica de algumas mensagens que demonstram o “modus operandi equiparado às milícias digitais”.
Por exemplo, no dia 3 de agosto, quando foram realizadas manifestações favoráveis ao ex-presidente em todo o país, Bolsonaro enviou a apoiadores vídeos com divulgação dos eventos e sobre a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
Proibição do uso de redes
Os investigadores concluíram que Bolsonaro usou as redes de terceiros para burlar as determinações do Supremo. Desde o dia 21 de julho, Bolsonaro está proibido pelo STF de usar as redes sociais. Em 4 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente por desrespeitar as restrições.
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