A extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ainda deve passar por várias etapas na Justiça da Itália, após sua prisão em Roma nessa terça-feira (29).
O advogado e mestre em Direito Penal pela Universidade de Harvard, Bernardo Weaver, explica que o processo costuma ser demorado. Ele lembra o caso do ítalo-brasileiro Henrique Pizzolato, que durou 20 meses.
O Ministério Público italiano vai se manifestar, e a Justiça tem 48 horas para decidir se mantém Zambelli presa ou aplica medidas alternativas, como uso de tornozeleira eletrônica. Essa decisão valerá até o fim do processo de extradição.
O governo brasileiro também precisa enviar documentos para fundamentar o pedido.
A defesa da deputada afirma que ela se entregou à Justiça e que pretende pedir asilo político. Já a Polícia Federal do Brasil e jornais italianos informam que Zambelli foi presa durante uma ação policial na capital italiana.
Segundo Bernardo Weaver, a entrega voluntária pode beneficiar a defesa no andamento do processo.
Carla Zambelli era procurada pela Interpol e estava foragida havia dois meses. Ela foi condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A deputada fugiu primeiro para os Estados Unidos e, em maio, seguiu para a Itália. Atualmente, está licenciada da Câmara dos Deputados.
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