A Procuradoria-Geral da República recomendou reforço no policiamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O político cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, na casa dele, em um condomínio na região do Lago Sul, área nobre de Brasília.
A decisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após o descumprimento de medidas cautelares, como a proibição de usar as redes sociais.
Nessa segunda-feira (25), a PGR apresentou parecer favorável ao reforço policial perto da casa do ex-presidente. A manifestação aconteceu após pedido do deputado federal do PT, Lindbergh Farias, à Polícia Federal. Para o parlamentar, as medidas cautelares voltadas à garantia da aplicação da lei penal podem não ser suficientes.
Na decisão, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que a PF pode destacar equipes de prontidão para monitoramento em tempo real do ex-presidente. Os únicos cuidados que devem ser tomados, segundo Gonet, é para que essas ações não desrespeitem a vida domiciliar do réu, nem que perturbem as relações com a vizinhança.
Na semana passada, a Polícia Federal recuperou no celular de Bolsonaro um documento com pedido de asilo político à Argentina. Mas a defesa negou uma possível tentativa de fuga do país, alegando que o texto era um “rascunho”, de uma solicitação de asilo que não aconteceu.
Na próxima terça-feira (2), Bolsonaro e mais sete aliados serão julgados pelo Supremo na ação que apura a tentativa de golpe de Estado.
1:32
