Brasil vê Itália como “fiel da balança” para aprovar acordo UE-Mercosul

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O governo brasileiro vê a Itália como “fiel da balança” para a aprovação do acordo de livre comércio União Europeia-Mercosul no Conselho Europeu, instância que reúne os chefes de governo dos 27 países do bloco.

Para passar no conselho, o tratado precisa do aval de pelo menos 15 dos 27 sócios. Esses países precisam representar, no mínimo, 65% da população total da UE.

Na avaliação de Brasília, há sinais recentes de boa vontade vindos da França e da Polônia, mas ainda se considera uma chance grande de votos desfavoráveis ou abstenções por parte dos dois países — com fortes lobbies agrícolas. Juntos, eles somam quase 24% da população europeia.

Para o Itamaraty, a chave está na posição de Roma. A Itália tem mais de 13% dos habitantes do bloco. Se ela se opuser, “o acordo morre”, conforme ouviu a CNN de uma alta fonte diplomática.

Segundo essa fonte, no entanto, as sinalizações do governo de Giorgia Meloni são positivas quanto à aprovação do acordo com o Mercosul, apesar da resistência de agricultores italianos.

Outro ponto de atenção em Brasília diz respeito à postura dos países menores da UE que, se eventualmente unidos contra o acordo, podem acumular votos e população suficientes para barrá-lo. Irlanda, Áustria, Holanda e Bélgica estão sendo acompanhadas com lupa.

A convicção no Itamaraty, entretanto, é de que o Conselho Europeu vai segurar a análise do acordo enquanto não estiver seguro de contar com votos suficientes. A própria Comissão Europeia, avalia-se, só enviou o tratado para o conselho porque sente que há chances de aprová-lo.

Já no Parlamento Europeu, onde a ratificação precisa de maioria simples (após o aval do conselho), o monitoramento do governo brasileiro indica boas possibilidades de aprovação — sem folga, mas com inclinação favorável.

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